1.9.12

If you can't save it leave it dying on the road

  Silêncio e quase nada mais foi o que preencheu esse tempo. Quase. Entendo-te tão perfeitamente mas não te conheço. Umas palavras, alguns acordes, algo novo para te conhecer novamente. Te reconhecer, te reiventar, mutar e voltar ao princípio, ao que eu conheço. Te reconstruo todo dia e reconstruo sem lembrar nem do que eu sou. As vezes eu acho que sou você, mas não te conheço. Hoje te relembrei um pouco e o jardim começou a crescer de novo. Com sua tamanha leveza e claridade, trouxe novamente as mesmas velhas e bonitas borboletas que gostam de fazer aquela curiosa sensação na minha cabeça parcialmente vaga... sabe, as borboletas bobas que culpam o lugar errado de sua sensação.
  É meio inexplicável, juntos todo e qualquer chakra se alinha, qualquer prisma faz um arco-íris. Hoje te reiventei um pouco, me reiventei e entrelacei nossas ideias. Elas se encaixam e elas são iguais, tão iguais que chega a ser estranho, como você, pois eu também não te conheço. Não conheço e tanto te conheço, esqueço de quase tudo menos do teu olhar louco e linear que tenta me convencer a cada segundo que o céu pode não ser azul como o mar, como teus risonhos olhos.
  Estamos nos descobrindo ou nos redescobrindo? Crescemos ou apenas nos conhecemos? Porque não te apago já que não te conheço? Já que não te salvo e deveria te deixar a sós com a solidão? Sim, só nós podemos nos reiventar, apenas nós podemos ser a luz e o prisma.