22.11.15
solitude
Minha escrita é um prato cheio para quem está dolorosamente só e um grande devaneio para quem está deliciosamente só. Provo dos dois. Leio em ambas situações. Sinto-me altamente compreendida por mim mesma por vezes e, em outras, uma grande incompetente no mundo da palavras. Mas só escrevo em uma situação: dolorosamente, desesperadamente só, mesmo que cercada de gentes de todos os tipos. Solidão não é só ausência física. É ausência de autoconforto, de autoconfiança, tantos "autos" para alguém tão baixo. Sento-me, explico a mim que não há razão nessa sensação. Não há mesmo, não há razão alguma que tire o rombo do meu peito quando me sinto só. Não há piada, festa,sexo ou companhia que me tire do escuro áspero da solidão dolorosa. 
Solidão é a mão que afaga e depois bate. E não se estende de volta.
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